quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sobre números e quantidade

Depois de descobrir as letras e estar quase entendendo a formação dos fonemas, Helena começa a desvendar os números e o que eles representam enquanto quantidade. Passa o dia inteiro contando:

- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze, quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, trinta, trinta e um, trinta e dois... - assim mesmo, do dezenove pula para o trinta!

Estende os dedinhos e me pede para contar - dois na mão direita mais um na mão esquerda:

- Conta, mãe!

- Um, dois, três!

Três na mão direita mais três na mão esquerda:

- E agora, mãe?

- Um, dois, três, quatro, cinco, seis!

Diariamente me pede para responder:

- Cinco anos ainda é criança, mãe?

- É, filha!

- E seis?

- Também!

- E dez?

- É criança ainda!

- E treze?

- Treze é adolescente!

- E quinze?

- Adolescente também!

- E dezoito?

- Com dezoito começa a ficar adulto...

- Onde eu vou estudar quando tiver dez anos?

- No ensino fundamental.

- E quando tiver quinze anos?

- No ensino médio.

- E quando tiver dezoito?

- Na universidade.

Hoje fomos assistir à apresentação do grupo Gira Coro na Universidade Federal de Santa Catarina. Não é muito fácil convencê-la a sair. Por ela fica o dia inteiro em casa brincando de escola (sempre a mesma brincadeira). É preciso prepará-la psicologicamente desde cedo. De manhã fiz o convite:

- Filha, vamos a um show hoje de noite?

- Vamos!

- Legal, então eu vou te buscar mais cedo na escola e nós vamos direto para o show.

- Tá bom! É música, mãe?

- É, filha, é música sim!

- Onde vai ser?

- Vai ser lá na universidade onde a Tata estuda.

- Mãe? - pensei que ela me faria uma pergunta relacionada ainda ao show.

- Fala, filhota!

- Quantos anos a Tata tem? Dezoito?

A Tata é minha querida amiga Marta Magda, que foi minha professora quando eu tinha dez anos de idade, portanto tem pelo menos uns quinze a mais do que eu.


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